DIÁSTASE DO RETO ABDOMINAL

24/01/2020

Uma das preocupações das mulheres após o parto é com a distensão abdominal, querem retomar logo a atividade física para "perder a barriguinha"... rs Mas a diástase do reto abdominal é uma disfunção que merece bastante atenção pois não trata-se apenas de um problema estético.

Os músculos abdominais exercem importantes funções na postura, na estabilidade do tronco e da pelve e no equilíbrio, suportam aumentos de pressão intrabdominal relacionado-se de forma funcional com o assoalho pélvico. A fraqueza abdominal e a diástase favorecem o aparecimento  de disfunções como, problemas posturais, dor lombar e pélvica, prolapsos de órgãos pélvicos, incontinência urinária e fecal.  A diástase também pode desencadear problemas psicológicos como a perda da auto estima devido à insatisfação com a imagem corporal.

Qual é a definição de diástase?

Entende-se por diástase do Músculo Reto Abdominal a condição de separação dos feixes musculares, esse afastamento ocorre na Linha Alba, pode ser supra umbilical que é o mais comum, ou infra umbilical.

Quando a diástase passa a ser um problema?

A diástase passa a ser considerada prejudicial quando há uma distensão demasiada ou repetitiva que irá provocar um espaçamento entre os músculos retos abdominais maior que 2,5. Pode ocorrer tanto nas mulheres como nos homens, além da gestação, outros fatores como obesidade, exercícios abdominais executados de forma incorreta e com sobrecarga, multiparidade, poliidrâmnio (líquido aminiótico excessivo), macrossomia fetal (bebês com mais de 4 kg) e a flacidez da musculatura abdominal antes da gestação, favorecem o aparecimento da diástase. A avaliação pode ser feita através da palpação, com o auxilio do paquimetro ou pelo ultrassom, sendo os dois últimos métodos mais precisos.

Quais são os tratamentos disponíveis?

Fisioterapia Pélvica

A fisioterapia combina recursos como a Ginástica Hipopressiva, Cinesioterapia (exercícios) e eletroterapia para reduzir a diástase dos músculos retos abdominais e evitar o aparecimento de dores, prolapsos de órgãos pélvicos e da incontinência.

Os exercícios abdominais tradicionais em geral conduzem a um aumento da pressão intra-abdominal em detrimento à musculatura perineal, na fisioterapia são utilizadas manobras de reeducação funcional respiratória, exercícios para os músculos abdominais e pélvicos, exercícios isométricos e isotônicos para recuperação da tonicidade e a força da musculatura que se encontra hipotônica ou flácida.

A Ginástica Abdominal Hipopressiva também é um método eficaz na redução da diástase, consiste em realizar uma pressão negativa na cavidade abdominal, onde é feita uma inspiração diafragmática lenta e profunda, expiração completa e aspiração diafragmática, levando a uma contração progressiva dos músculos abdominais profundos, deslocamento das vísceras abdominais superiormente, e a ativação do assoalho pélvico. A vantagem da técnica é que não há aumento da pressão intra-abdominal e sobrecarga na musculatura do assoalho pélvico, ao mesmo tempo ainda ativa a musculatura estabilizadora da pelve.

Cirurgia

A literatura publicada sobre tratamentos cirúrgicos para diástase do reto ainda é escassa. Em geral a cirurgia pode ser indicada quando após realizado tratamento conservador não foi possível restabelecer a funcionalidade, ou nos casos de extrusão dos conteúdos abdominais (hérnias).

Prevenção

Um dos elementos que implicam diretamente no puerpério e no processo de recuperação é o fortalecimento abdominal, mulheres com o abdome fortalecido tem um índice menor de ocorrências de diástase, e recuperação mais rápida durante o puerpério.

Os exercícios de estabilização da coluna, contração do transverso do abdômen, associada à ativação do assoalho pélvico são indicados também como forma de prevenção, a opção por exercícios que não façam protrusão do abdômen, adaptados para que não haja sobrecarga na parede abdominal também são importantes.

Exercícios realizados corretamente podem prevenir a diástase! A Fisioterapia pélvica é indicada para mulheres durante a gestação e no pós-parto.

Viviane Ferraz Monteiro - Doctoralia.com.br
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